Como Funcionam os Circuitos dos Controles de Videogame Clássicos
Se você já jogou Atari, NES ou Mega Drive, sabe que apertar um botão pode significar pular um obstáculo, lançar um golpe ou salvar o mundo. Mas por trás de cada comando existe um circuito elétrico simples e genial que transforma seu toque em ação digital. Hoje vamos explorar como funcionam os controles clássicos de videogame — desde os botões até os sinais elétricos que chegam ao console — e como a elétrica faz parte da diversão desde o primeiro pixel.
7/24/20253 min read


🎮 O básico: botão como interruptor
Nos controles clássicos, cada botão funciona como um interruptor momentâneo. Quando você pressiona, ele fecha um circuito, permitindo que a corrente elétrica flua. Quando solta, o circuito se abre e a corrente para.
Esse sinal é enviado à placa do controle, que interpreta qual botão foi pressionado e envia a informação ao console.
É como se cada botão fosse uma pergunta elétrica:
“O jogador apertou o botão A?”
Se sim, o circuito responde com um pulso elétrico.
🔌 Circuito interno: simples e eficiente
Dentro do controle, há uma placa de circuito impresso (PCI) com trilhas condutoras que conectam os botões aos pinos do cabo que vai até o console.
Cada botão está ligado a uma trilha de cobre que leva o sinal até um chip codificador ou diretamente aos pinos de saída. Quando o botão é pressionado, ele conecta dois pontos da trilha, permitindo que a corrente passe.
Nos controles mais antigos, como o do Atari 2600, o sistema era tão direto que cada botão tinha seu próprio fio — sem codificação digital. Já no NES, o controle usava um circuito de varredura que verificava constantemente quais botões estavam pressionados.
🧠 Como o console entende os sinais?
O console recebe os sinais elétricos e os interpreta como comandos. Isso pode acontecer de duas formas:
Sinais digitais simples: cada botão envia um pulso elétrico (0 ou 1) diretamente para o console.
Codificação serial: o controle envia uma sequência de bits que representa o estado de todos os botões. O console decodifica essa sequência e executa a ação.
No NES, por exemplo, o controle usava um registro de deslocamento que armazenava o estado dos botões e enviava os dados em série para o console — uma técnica que economizava fios e permitia controles mais compactos.
🕹️ Exemplos clássicos:
🎮 Atari 2600
Controle com apenas um botão e direcional.
Cada botão era ligado diretamente a um pino do conector.
Funcionamento puramente elétrico — sem chips ou codificação.
🎮 NES (Nintendo Entertainment System)
Controle com 8 botões: A, B, Start, Select, e direcional.
Usava um chip 4021 (registro de deslocamento) para codificar os sinais.
Comunicação serial com o console — mais eficiente e compacta.
🎮 Mega Drive / Genesis
Controles com mais botões e comunicação mais complexa.
Alguns modelos usavam multiplexação para enviar múltiplos sinais por menos fios.
⚙️ Componentes elétricos envolvidos
Botões (switches): interruptores momentâneos que fecham o circuito.
Trilhas de cobre: conduzem os sinais elétricos pela placa.
Resistores pull-up: mantêm os sinais em nível alto quando o botão não está pressionado.
Chip codificador: organiza os sinais e envia ao console.
Conector: transmite os sinais elétricos para o console.
🔧 E os controles modernos?
Nos controles atuais, como os de PS5 ou Xbox, os princípios básicos continuam — mas com muito mais tecnologia:
Sensores analógicos para detectar intensidade de pressão ou movimento.
Microcontroladores que processam os sinais internamente.
Comunicação sem fio via Bluetooth ou RF.
Feedback háptico com motores e vibração controlados por circuitos PWM.
Mesmo com toda essa evolução, a base elétrica continua: botões que fecham circuitos e enviam sinais.
💡 Conclusão
Os controles de videogame são uma aula prática de elétrica aplicada. Eles mostram como um simples toque pode gerar um pulso elétrico, ser interpretado por um circuito e transformar-se em ação na tela.
No Do Zero a Ohm, a gente acredita que entender a elétrica por trás da diversão é tão empolgante quanto zerar o jogo. Porque no fim das contas, cada comando começa com um circuito — e cada circuito começa com conhecimento ⚡