Como Star Trek Inspirou a Criação dos Celulares: A Ficção Que Virou Comunicação Real

Se hoje você liga para alguém com um smartphone no bolso, agradeça à engenharia… e a um pouco de ficção científica. 📱🖖 Muito antes de termos redes 4G, telas touch e assistentes virtuais, a série Star Trek já imaginava um futuro onde pessoas se comunicariam à distância com dispositivos portáteis, pessoais e instantâneos. E acredite: esse futuro ajudou a moldar o presente que vivemos.

7/21/20253 min read

🚀 A década de 1960 e a visão da Federação

Em 1966, quando Star Trek estreou sua primeira temporada, o mundo real ainda vivia com telefones de disco presos à parede. Mas na série, o Capitão Kirk e sua tripulação utilizavam um communicator — um pequeno aparelho dobrável que permitia comunicação instantânea com qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta… ou da galáxia.

Esse dispositivo, visualmente simples, já trazia ideias revolucionárias:

  • Comunicação sem fio

  • Portabilidade

  • Ativação por voz

  • Reconhecimento de identidade

Era pura ficção — mas designers e engenheiros estavam assistindo.

📱 O communicator e o primeiro celular flip

Martin Cooper, o engenheiro da Motorola que inventou o primeiro telefone celular em 1973, admitiu publicamente que Star Trek foi uma inspiração direta.

O Motorola DynaTAC ainda era um “tijolão” de 1 kg, mas a ideia do communicator se materializou com força em 1996 com o lançamento do Motorola StarTAC — o primeiro celular flip do mundo.

Nome familiar? Sim: "StarTAC" é praticamente uma homenagem ao "Star Trek".

Ele imitava exatamente o estilo do communicator: uma aba dobrável que se abria para uso e fechava ao final da chamada. E mais que isso — o conceito de mobilidade, praticidade e tecnologia pessoal havia saído das telas e entrado no mercado.

🧠 Funções da ficção que viraram realidade

Além do visual, Star Trek apresentou tecnologias que influenciaram o desenvolvimento de recursos dos celulares modernos:

  • Voz como interface principal: hoje usamos assistentes como Siri, Google e Copilot para comandos de voz — como o crew da Enterprise fazia com seus dispositivos.

  • Identificação biométrica: nas séries, o communicator reconhecia o usuário automaticamente. Hoje usamos desbloqueio facial e por impressão digital.

  • Tradução universal: personagens se comunicavam com alienígenas em tempo real. Hoje, temos apps que traduzem conversas instantaneamente.

  • Geolocalização: o communicator conseguia encontrar qualquer membro da equipe em campo. Os smartphones fazem isso com GPS.

  • Conexão global: mesmo no espaço, ninguém ficava “fora da área de cobertura”. Algo que os smartphones com satélite começam a alcançar.

A lista de similaridades mostra que os roteiristas da série não só imaginaram o futuro — eles o anteciparam com precisão surpreendente.

🖖 Star Trek, engenharia e imaginação

O impacto de Star Trek na engenharia não parou nos celulares. Diversos produtos surgiram inspirados pela série, como:

  • Tablets (como os usados pelo Sr. Spock)

  • Assistentes de bordo com IA (como o computador da nave)

  • Realidade aumentada (semelhante aos visores da série)

  • Repositórios de dados portáteis (como o “data crystal”, antecessor imaginário do pendrive)

Isso mostra o poder da ficção em alimentar a inovação elétrica e eletrônica. Muitos engenheiros cresceram assistindo Star Trek e transformaram aquele imaginário em circuitos reais.

🧬 E o DNA elétrico por trás dos celulares?
Todo celular moderno envolve:
  • Circuitos integrados que controlam chamadas, dados e interface de usuário

  • Módulos de antena e radiofrequência, que se comunicam com torres e satélites

  • Sensores elétricos para toque, movimento, som e imagem

  • Fontes e baterias inteligentes, com proteção contra sobrecarga e circuitos de eficiência energética

  • Processamento de sinal que envolve transformações de corrente alternada e contínua em sistemas internos

Ou seja, o communicator da série precisaria de uma bateria eficiente, antena omnidirecional, circuito de amplificação de sinal, microfone, alto-falante e interface lógica — tudo já presente nos nossos celulares hoje.

💡 Conclusão: da imaginação ao bolso

Quando roteiristas escreviam sobre o communicator em Star Trek, talvez estivessem apenas tentando criar uma solução conveniente para que personagens se falassem. Mas a ideia foi tão impactante que ajudou a formar a visão de engenheiros e designers, que décadas depois transformaram ficção em eletricidade aplicada.

No Do Zero a Ohm, a gente acredita que entender o passado geek ajuda a projetar o futuro técnico. Porque em cada chip, cada circuito e cada pulso elétrico, há uma faísca de imaginação. 🖖

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